quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Medo de sentir dor com qualquer movimento identifica a cinesiofobia


Matéria publicada pelo site Eu Atleta
shutterstock_162135860A pessoa para de fazer qualquer exercício, fica mais tempo deitada ou sentada se protegendo, parece um robô ao caminhar e o circulo vicioso é instalado.

O que é cinesiofobia?


É o medo de sentir dor com qualquer movimento. O aluno para de fazer qualquer exercício, fica mais tempo deitado ou sentado se protegendo, parece um robô ao caminhar. O circulo vicioso se instala, não se mexe porque dói e dói porque não se mexe. É a história do ovo e da galinha, ninguém sabe quem veio primeiro. Este comportamento torna a dor crônica, física e mentalmente. A pessoa incorpora a dor ao seu organismo.

O que fazer?

Mudar este comportamento através de um programa de exercícios com progressão muito lenta, ou seja em doses homeopáticas, mostrando que não vai sentir dor, após a execução dos mesmos. Nada melhor que a fisioterapia aquática.
Logo de início eliminamos o peso corporal, não sofremos a ação da gravidade, as articulações ficam mais descomprimidas, e os movimentos podem ser feitos mais devagar, ou até parados só exercitando a respiração diafragmática, sentindo o movimento do abdômen contra a resistência da água, contra a pressão hidrostática, o empuxo e a turbulência.
Para manter-se em pé na água já é um exercício de fortalecimento para a musculatura doabdômen e das costas. O famoso CORE, casa de força, cinturão de força que é o fortalecimento da musculatura de toda a região lombar e abdominal.
Na água podemos começar pela percepção da respiração diafragmática associada ao movimento do corpo que acontece naturalmente, e que muitas vezes não percebemos. Aparitr daí o aluno começa a conhecer seu corpo, aprender a respirar e a despistar a dor da sua mente, a iniciar a retirada da dor do seu corpo. A dor está associada às tensões do dia a dia, às angustias, à falta de sono, falta de descanso corporal além das causas físicas.
É necessário adaptar este corpo ao movimento outra vez libertá-lo do medo de sentir dor. Mudar este medo psicológico, que pode passar a ser patológico e se tornar físico. Este trabalho deve ser muito lento, meticuloso aproveitando este envolvimento, acolhimento que a água nos oferece.
A pressão hidrostática envolve todo o corpo por igual, atua nos receptores da pele, exercendo poder na sensibilidade superficial, tátil tornando - a prazerosa, é o primeiro passo. A respiração deve estar sempre presente mesmo ao menor movimento, o paciente começa a sentir-se mais confiante ao executar pequenos movimentos sem sentir dor e aos poucos podemos ousar mais.
Precisamos mudar este quadro mental, comportamental e consequentemente físico. É necessário retirar a dor de dentro da cabeça para poder liberar o físico. A água, sua temperatura, sua densidade, sua textura nos dá muito conforto, muito prazer e motivação para este desafio.
Temos que romper este circulo vicioso, liberar o movimento do corpo, redescobri-lo, é a reaprendizagem motora sem medo, sem ligar o movimento a dor, ao desprazer. Oriente o aluno a descobrir os efeitos da água no seu corpo. Lembre-se que o corpo foi feito para movimentar-se.

Matéria publicada pelo site Eu Atleta