Matéria publicada pelo site Eu Atleta
A pessoa para de fazer qualquer
exercício, fica mais tempo deitada ou sentada se protegendo, parece um
robô ao caminhar e o circulo vicioso é instalado.
O que é cinesiofobia?
O que é cinesiofobia?
É o medo de sentir dor com qualquer movimento. O aluno para de fazer qualquer exercício, fica mais tempo deitado ou sentado se protegendo, parece um robô ao caminhar. O circulo vicioso se instala, não se mexe porque dói e dói porque não se mexe. É a história do ovo e da galinha, ninguém sabe quem veio primeiro. Este comportamento torna a dor crônica, física e mentalmente. A pessoa incorpora a dor ao seu organismo.
O que fazer?
Mudar este comportamento através de um programa de
exercícios com progressão muito lenta, ou seja em doses homeopáticas, mostrando
que não vai sentir dor, após a execução dos mesmos. Nada melhor que a
fisioterapia aquática.
Logo de início eliminamos o peso corporal, não
sofremos a ação da gravidade, as articulações ficam mais descomprimidas, e os
movimentos podem ser feitos mais devagar, ou até parados só exercitando a
respiração diafragmática, sentindo o movimento do abdômen contra a resistência
da água, contra a pressão hidrostática, o empuxo e a turbulência.
Para manter-se em pé na água já é um exercício de
fortalecimento para a musculatura doabdômen e das costas. O famoso CORE, casa
de força, cinturão de força que é o fortalecimento da musculatura de toda a
região lombar e abdominal.
Na água podemos começar pela percepção da respiração
diafragmática associada ao movimento do corpo que acontece naturalmente, e que
muitas vezes não percebemos. Aparitr daí o aluno começa a conhecer seu corpo,
aprender a respirar e a despistar a dor da sua mente, a iniciar a retirada da
dor do seu corpo. A dor está associada às tensões do dia a dia, às angustias, à
falta de sono, falta de descanso corporal além das causas físicas.
É necessário adaptar este corpo ao movimento outra
vez libertá-lo do medo de sentir dor. Mudar este medo psicológico, que pode
passar a ser patológico e se tornar físico. Este trabalho deve ser muito lento,
meticuloso aproveitando este envolvimento, acolhimento que a água nos oferece.
A pressão hidrostática envolve todo o corpo por
igual, atua nos receptores da pele, exercendo poder na sensibilidade
superficial, tátil tornando - a prazerosa, é o primeiro passo. A respiração
deve estar sempre presente mesmo ao menor movimento, o paciente começa a
sentir-se mais confiante ao executar pequenos movimentos sem sentir dor e aos
poucos podemos ousar mais.
Precisamos mudar este quadro mental, comportamental
e consequentemente físico. É necessário retirar a dor de dentro da cabeça para
poder liberar o físico. A água, sua temperatura, sua densidade, sua textura nos
dá muito conforto, muito prazer e motivação para este desafio.
Temos que romper este circulo vicioso, liberar o
movimento do corpo, redescobri-lo, é a reaprendizagem motora sem medo, sem
ligar o movimento a dor, ao desprazer. Oriente o aluno a descobrir os efeitos
da água no seu corpo. Lembre-se que o corpo foi feito para movimentar-se.
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